Moçambique não é para para pessoas impacientes!
Disto já me apercebi. Aqui pede-se um café e ele aparece 15 minutos depois, em média…
O almoço ainda mais… No mínimo 30 minutos. O jantar nem sei…
Hoje acordei por volta das 9h30. Passado pouco tempo houvi as empregadas da casa, a Alzira e a Anita a falarem uma língua qualquer que não conseguia perceber. Até poderia ser português, mas não consegui distinguir nenhuma palavra inteligível.
Como não sabia onde estava a chave da porta das traseiras, tive que lhes pedir que entrassem pela frente. Como é hábito, prepararam o pequeno almoço. Entretanto tomei um duche rápido. A água, ao contrário dos últimos dois dias, estava a escaldar.
Fui tomar o pequeno almoço e entretanto começou a chegar mais pessoal. Alguns tinham chegado tarde e ainda estavam a dormir.
Depois do pequeno-almoço reparámos que tínhamos ficado sem electricidade.
Como havia pessoal que queria ir ao Mercado do Pau, fui com eles. Interessante, este mercado. É um mercado de rua onde se vende artesanato local, telas, esculturas (principalmente de pau preto e marfim), colares, pulseiras, quadros e alguns artigos de vestuário (t‑shirts, túnicas tradicionais moçambicanas, etc.).
Também na rua e nas feiras é preciso paciência. O vendedores não nos largam, principalmente porque sabem que, sendo brancos, temos dinheiro. Mas é preciso saber negociar. Por vezes encontram-se verdadeiras pechinchas, mas só após alguma regateirice. Normalmente começo por oferecer um terço do que eles pedem. Claro que, normalmente, a coisa fica por metade do preço original ou perto disso. 🙂
Ainda parámos ao pé da Estação de Comboios de Maputo, uma das candidatas às 7 Maravilhas do Mundo Moderno, para tirarmos umas fotografias. Tenho que cá trazer a minha Canon EOS450D…
Voltámos para casa e de seguida fomos ao Shopping Maputo fazer umas compras e levar roupa à lavandaria.
Almoçámos num restaurante chamado Miramar; como o nome sugere, mesmo na Avenida da Marginal, junto à praia. Não foi propriamente um almoço, mas mais um lanche ajantarado. Acabámos de comer quase às 5 da tarde! Eu comi Espetada de Marisco, acompanhada por uma 2M.
Voltámos para casa e resolvemos o problema da luz… Ou melhor, o Luís, Technical Manager do projecto e uma das pessoas na Critical Software Moçambique. Acontece que, pelo menos aqui em casa, a electricidade é pré-paga, que nem telemóvel recarregável. Resolvido este imbróglio, voltámos a ter luz.
Às 20h voltámos a sair para jantar ao Mundu’s e levar um colega nosso ao aeroporto, que se ia embora hoje. Eu pedi uma Coca-Cola e um cheeseburger, mas não consegui comer nem metade. Ainda estava cheio… 🙂
Voltei para casa, onde ainda estou, escrevendo estas linhas…