Este fim-de-semana foi dia de viagem até ao Kruger National Park, o maior parque natural do Mundo, com 25.000 km2, na África do Sul!
A viagem começou com a saída de casa, às 7h30. Já sabíamos mais ou menos a direcção a tomar: sair de Maputo pela Avenida Eduardo Mondlane, em direcção a Matola, a primeira cidade logo após a saída de Maputo.
Em Matola, vi um mercado com imensas pessoas; era uma confusão de gente, principalmente à beira da estrada, pois era aí que estava a maioria dos vendedores.
Não sabíamos, mas a viagem começou a correr mal logo aí. Tínhamos que virar à direita em direcção a Ressano Garcia, que fica na fronteira com a África do Sul. Apesar do Paulo ter um telemóvel com GPS e estar equipado com os mapas de Moçambique e África do Sul, não o tinha ligado. Em vez disso, seguimos em frente.
A estrada que tínhamos apanhado era a N251. Começou bem, mas após alguns quilómetros, chamar àquilo caminho de cabras era dizer mal dos caminhos de cabras em Portugal…
Pelo caminho encontrámos pessoas que seguiam a pé. Não sabemos onde iam, mas muitas andavam com bidões de água à cabeça. Provavelmente tinham ido buscar água.
São incríveis as condições em que vivem. Algumas devem fazer quilómetros a pé só para ter água.
A imagem de cima até faz parecer que era uma estrada razoável para Moçambique, mas havia partes dela em que até o jipe tinha dificuldades em transpor…
Encontrámos algumas pessoas pelo caminho, inclusive um senhor com uma menina ao colo ao qual o Joaquim ofereceu duas bolachas. A menina agarrou-se a elas como se não houvesse amanhã. Perguntámos-lhe se faltava muito para chegar à fronteira. Disse-nos que era logo ali… Mas, para chegar logo ali, ainda demorámos mais de 1 hora; nesta estrada devemos ter feito uma média de 20km/h ou menos. Ainda considerámos a hipótese de voltar para trás, mas essa opção revelava-se a pior, pois segundo o GPS do Paulo, que entretanto tinha sido ligado, indicava que já tínhamos percorrido mais de metade dessa estrada.
Aproveitámos para tirar uma foto de grupo.
Da esquerda para a direita: Tiago Pinto, Alexandre Fernandes, Joaquim Mendes, Mário Sampaio e Paulo Leitão. Last but not least, por trás da câmara, António Trindade.
Finalmente chegámos à fronteira. Tivemos que tratar de papeis para os carros, pois não podiam entrar sem registo e para nós. Demorámos cerca de uma hora só para a atravessar. Depois de entrar na África do Sul, foi rápido. O Pestana Kruger Lodge fica a menos de 50km da fronteira.
Este hotel é engraçado. É constituído por várias casas, de vários tamanhos. Nós iríamos ficar numa das mais pequenas, com apenas duas divisões: um quarto/sala de estar e uma casa de banho.
Chegámos ao hotel cerca das 12h45 e, como tal não podíamos ainda fazer o check-in. Só a partir das 14h00. Mas, como é moda, serviram-nos logo um suminho de laranja, servido em copo de pé, com uma palinha curta.
Fomos então almoçar a um restaurante, a cerca de 100m da entrada principal do hotel. O que mais gostei deste almoço foi a sobremesa: Chocolate Nemisis. Tinha natas, chocolate, chocolate e chocolate. Excelente!
Depois do almoço estivemos na esplanada do hotel até anoitecer. Ainda tive luz suficiente para tirar umas fotos! De quatro delas, surgiu esta panorâmica do Crocodile River:
É simplesmente de tirar a respiração, esta paisagem! Infelizmente não dá para passear nas margens deste rio, pois está infestado de crocodilos…
O jantar foi no hotel. Após o jantar ainda tive tempo de tirar algumas fotografias ao céu nocturno, aproveitando o facto de ser completamente diferente do céu que se vê em Portugal. Apenas consigo reconhecer uma constelação, o Cruzeiro do Sul…
Depois disto ainda estive um pouco na conversa com o Alexandre. Fomos para a cama cedo, pois no dia seguinte tínhamos que estar prontos às 6 horas da madrugada, ainda antes do Sol nascer, pois o guia do safari estaria a essa hora a bater-nos à porta.