Kruger National Park (2/2)

[O] dia começou como esper­a­va às 5h30. Hora de acor­dar. Esta­va um frio de rachar e eu só tin­ha uma camisole­ca de meia estação comi­go. Feliz­mente no jipe havia cober­tores. No dia ante­ri­or tín­hamos fal­a­do com um dos guias do Kruger Park que afi­nal era mes­mo o nos­so. Primeiro foram as apre­sen­tações. Ele chama­va-se Clint. Tal como o Eastwood…

Ele começou com um breef­ing sobre as prin­ci­pais nor­mas de segu­rança no par­que, prin­ci­pal­mente não colo­car­mos nen­hu­ma parte do cor­po fora do jipe. A expli­cação é sim­ples: os ani­mais con­seguem-nos sen­tir pelo cheiro, mas pen­sam que esse cheiro é o próprio jipe; se colo­car­mos algu­ma parte de cor­po fora do jipe alter­amos o per­fil deste, sendo óbvio para os ani­mais, prin­ci­pal­mente os predadores e os maiores (rinocerontes, hipopó­ta­mos, búfa­los e ele­fantes) que há algo mais den­tro do jipe. Depois deste breef­ing, lá seguimos nós para den­tro do par­que pro­pri­a­mente dito. Quan­do saí­mos do hotel o sol esta a começar a raiar.

Nascer do Sol no Kruger

Nascer do Sol no Kruger

Pelo cam­in­ho falou-nos dos “Big Five”. São os ani­mais de eleição do par­que: o leão, o rinoceronte, o ele­fante, o búfa­lo e o leopardo.

Os primeiros ani­mais que vimos são os mais comuns do Kruger Park, as impalas. O guia chamou-lhes o MacDonald’s da sel­va. Há-as em todo o lado e em abundân­cia. As primeiras que vimos foram dois jovens machos a treinar as lutas que os farão mais tarde ter descendência.

impalas

Impalas

O primeiro dos Big Five que encon­trá­mos foi o rinoceronte. Deste vez foi uma família, com um bebé com cer­ca de 150kg!

Rinoceronte fêmea e a sua cria

Rinoceronte fêmea e a sua cria

O Clint man­tinha-se em con­tac­to per­ma­nente via telemóv­el (quan­do tin­ha rede), mas prin­ci­pal­mente através de rádio CB. É comum as pes­soas que andam no Kruger comu­ni­carem umas com as out­ras acer­ca dos ani­mais que encontram.

Antes do pequeno almoço ain­da vimos kudus. São a segun­da espé­cie de antí­lope mais comum no par­que e têm riscas no cor­po muito car­ac­terís­ti­cas. Como sem­pre, tive­mos que esper­ar que uma peque­na man­a­da atrav­es­sasse o caminho.

 

Kudu macho

Kudu macho

O pequeno almoço esta­va des­ti­na­do a ser numa área própria den­tro do par­que, com mesas, ban­cos, que nem par­que de meren­das. Antes de irmos para lá, ain­da seguimos o ras­to de excre­men­tos de ele­fante até um jovem macho. Os machos adul­tos, a não ser na altura do cio das fêmeas, andam sem­pre sozinhos.

Elefante jovem macho

Ele­fante jovem macho

Depois, o Clint rece­beu uma men­sagem no rádio que o deixou em polvorosa… Tin­ham sido avis­ta­dos leões. Ele avi­sou logo que os leões, durante o dia então quase sem­pre a dormir, ou pelo menos, a des­cansar. O Rei da Sel­va não tem que se pre­ocu­par com predadores, por isso des­cansa em qual­quer lado, mas prin­ci­pal­mente à sombra.

Leão a descansar ao sol da manhã

Leão a des­cansar ao sol da manhã

O sítio onde tomá­mos o pequeno almoço esta­va infes­ta­do de pás­saros à procu­ra de comi­da fácil. Achei muito engraça­dos os calaus de bico amare­lo e uma espé­cie de estorn­in­ho com penas de azul metáli­co muito bonito.

Calau de bico amarelo à espera de comida

Calau de bico amare­lo à espera de comida

Estes bichos andavam por cima das mesas, quase rouban­do o com­er da mão das pes­soas. E eram às dezenas.

Neste espaço tam­bém se ven­di­am lem­branças. Ain­da trouxe um chapéu tipi­ca­mente sul-africano, uma t‑shirt e uns ímans para o frigorífico.

Isto pas­sou-se por vol­ta das 9 horas da man­hã. Às 9h30 já está­va­mos a andar pelo par­que out­ra vez, em bus­ca de mais coisas para ver.

O mais espec­tac­u­lar do dia todo foi quan­do depará­mos com uma man­a­da de uns 40 ele­fantes que se lem­brou se atrav­es­sar o cam­in­ho à nos­sa frente. Claro que tive­mos que esper­ar que eles pas­sas­sem todos, senão arriscá­va­mo-nos a ser atro­pela­dos por eles.

Manada de elefantes a atravessar a estrada

Man­a­da de ele­fantes a atrav­es­sar a estrada

Foi impres­sio­n­ante reparar na inteligên­cia destes bichos. As fêmeas mais vel­has colo­caram-se entre o jipe e o resto da man­a­da enquan­to atrav­es­savam e só saíram do sítio quan­do os mais jovens atrav­es­saram todos a estrada.

Depois des­ta cena espec­tac­u­lar ain­da vimos croc­o­di­los, tar­taru­gas e um hipopó­ta­mo numa das pou­cas zonas com água do parque.

Ain­da hou­ve tem­po para ver mais um dos Big Five, o búfa­lo. É um ani­mal mes­mo feio e mal encar­a­do. E, segun­do o Clint, um dos mais perigosos, pois ata­ca sem aviso.

Para mui­ta pena nos­sa, acabou o safari pouco tem­po depois. Ain­da hou­ve tem­po para uma foto de grupo na ponte sobre o Croc­o­dile River.

A malta

A mal­ta

Fomos almoçar à povoação mais próx­i­ma, chama­da Male­lene. Incriv­el­mente, o super-mer­cado/take-away que encon­trá­mos era geri­do por por­tugue­ses. Essa pra­ga que se vê em qual­quer sítio do Mun­do onde vou…

Após o almoço, lá seguimos pela estra­da N4 até Maputo, mas des­ta vez não hou­ve enganos. Foi só seguir em frente.

Estrada N4

Estra­da N4

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