Ida ao museu

[H]oje fui o primeiro a lev­an­tar-me aqui em casa. Quan­do acordei, eram cer­ca de 9 horas da man­hã e já a luz do dia inun­da­va o meu quar­to sem estores. Alias, não há um úni­co estore nes­ta casa… Tratei de tomar o pequeno-almoço. As empre­gadas tin­ham deix­a­do a mesa pos­ta para hoje. Esta­va nas tra­seiras da casa tratar de mais umas fotografias quan­do chega o Joaquim. Per­gun­tou-me se que­ria ir ao Museu de História Nat­ur­al. Claro que aceit­ei. Andá­mos um pouco pela cidade e aproveit­ei para tirar umas fotos, mas des­ta vez com a Canon 450D. Maputo tem muito edifí­cios aban­don­a­dos, prin­ci­pal­mente viven­das. Aliás, o cen­tro da cidade, além de ser com­ple­ta­mente ortog­o­nal como as cidades mod­er­nas, é quase todos con­sti­tuí­do por viven­das. Uma destas, aban­don­a­da e a cair de podre é a anti­ga sede da P.I.D.E.

Vila Algarve - Antiga sede da PIDE

Vila Algarve — Anti­ga sede da PIDE

Seguimos para o Museu de História Nat­ur­al, não antes de tomar um café no Café Acá­cia, com vista para a baía. Sítio muito agradáv­el, com bas­tante som­bras e, sur­preen­den­te­mente, de serviço muito rápido.

Depois do café, entrá­mos no Museu. É um edifí­cio de esti­lo neo-manueli­no, con­struí­do ain­da nos tem­pos colo­ni­ais. Lá den­tro podemos ver grande parte dos ani­mais que exis­tem na Natureza em Moçambique.

O mel­hor do museu é mes­mo a sala prin­ci­pal, onde se encon­tram está­tuas em taman­ho nat­ur­al de ele­fantes, rinocerontes, girafas, gnus, etc.

Rés do chão do Museu de História Natural

Rés do chão do Museu de História Natural

Impres­sio­n­ante mes­mo é a colecção de 14 fetos de ele­fante, em difer­ente está­gios de desen­volvi­men­to. Estes bebés, quan­do nascem, pesam cer­ca de 100Kg!

A mais completa colecção de fetos de elefante

A mais com­ple­ta colecção de fetos de elefante

De segui­da fomos almoçar ao Restau­rante Cristal, onde comi Mat­a­pa de carangue­jo com Xima. Pra­to típi­co de Moçam­bique. Mat­a­pa é um mol­ho que eles fazem com amen­doim, ovos, cou­ves e mais não sei o quê. Xima é tipo um puré muito con­sis­tente, feito à base de far­in­ha de man­dio­ca. Não gostei muito da xima, mas a mat­a­pa esta­va muito boa… E o carangue­jo ain­da mais!

Ao fim do dia, ain­da deu para fotogra­far uns pas­saro­cos que esvoçavam à vol­ta da casa e poisavam nas árvores das redondezas, como este pica-peixe-de-barrete-castanho:

Pica-peixe-de-barrete-castanho (Halcyon albiventris)

Pica-peixe-de-bar­rete-cas­tan­ho (Hal­cy­on albiventris)

Publicado em Geral | Deixe o seu comentário

Aqui é preciso ter calma…

Moçam­bique não é para para pes­soas impacientes!

Dis­to já me aperce­bi. Aqui pede-se um café e ele aparece 15 min­u­tos depois, em média…

O almoço ain­da mais… No mín­i­mo 30 min­u­tos. O jan­tar nem sei…

Hoje acordei por vol­ta das 9h30. Pas­sa­do pouco tem­po hou­vi as empre­gadas da casa, a Alzi­ra e a Ani­ta a falarem uma lín­gua qual­quer que não con­seguia perce­ber. Até pode­ria ser por­tuguês, mas não con­segui dis­tin­guir nen­hu­ma palavra inteligível.

Como não sabia onde esta­va a chave da por­ta das tra­seiras, tive que lhes pedir que entrassem pela frente. Como é hábito, prepararam o pequeno almoço. Entre­tan­to tomei um duche rápi­do. A água, ao con­trário dos últi­mos dois dias, esta­va a escaldar.

Fui tomar o pequeno almoço e entre­tan­to começou a chegar mais pes­soal. Alguns tin­ham chega­do tarde e ain­da estavam a dormir.

Depois do pequeno-almoço repará­mos que tín­hamos fica­do sem electricidade.

mercado_do_pao

Como havia pes­soal que que­ria ir ao Mer­ca­do do Pau, fui com eles. Inter­es­sante, este mer­ca­do. É um mer­ca­do de rua onde se vende arte­sana­to local, telas, escul­turas (prin­ci­pal­mente de pau pre­to e marfim), colares, pul­seiras, quadros e alguns arti­gos de ves­tuário (t‑shirts, túni­cas tradi­cionais moçam­bi­canas, etc.).

Tam­bém na rua e nas feiras é pre­ciso paciên­cia. O vende­dores não nos largam, prin­ci­pal­mente porque sabem que, sendo bran­cos, temos din­heiro. Mas é pre­ciso saber nego­ciar. Por vezes encon­tram-se ver­dadeiras pech­in­chas, mas só após algu­ma regateirice. Nor­mal­mente começo por ofer­e­cer um terço do que eles pedem. Claro que, nor­mal­mente, a coisa fica por metade do preço orig­i­nal ou per­to disso. 🙂

Ain­da pará­mos ao pé da Estação de Com­boios de Maputo, uma das can­di­datas às 7 Mar­avil­has do Mun­do Mod­er­no, para tirar­mos umas fotografias. Ten­ho que cá traz­er a min­ha Canon EOS450D

estacao_central_de_maputo

Voltá­mos para casa e de segui­da fomos ao Shop­ping Maputo faz­er umas com­pras e levar roupa à lavandaria.

Almoçá­mos num restau­rante chama­do Mira­mar; como o nome sug­ere, mes­mo na Aveni­da da Mar­gin­al, jun­to à pra­ia. Não foi pro­pri­a­mente um almoço, mas mais um lanche ajan­tara­do. Acabá­mos de com­er quase às 5 da tarde! Eu comi Espeta­da de Marisco, acom­pan­ha­da por uma 2M.

Voltá­mos para casa e resolve­mos o prob­le­ma da luz… Ou mel­hor, o Luís, Tech­ni­cal Man­ag­er do pro­jec­to e uma das pes­soas na Crit­i­cal Soft­ware Moçam­bique. Acon­tece que, pelo menos aqui em casa, a elec­t­ri­ci­dade é pré-paga, que nem telemóv­el recar­regáv­el. Resolvi­do este imbróglio, voltá­mos a ter luz.

Às 20h voltá­mos a sair para jan­tar ao Mundu’s e levar um cole­ga nos­so ao aero­por­to, que se ia emb­o­ra hoje. Eu pedi uma Coca-Cola e um cheese­burg­er, mas não con­segui com­er nem metade. Ain­da esta­va cheio… 🙂

Voltei para casa, onde ain­da estou, escreven­do estas linhas…

Publicado em Geral | Deixe o seu comentário

Não consigo perceber certas coisas…

Há cer­tas coisas neste país que ain­da não con­segui perceber.

Con­si­go perce­ber, por exem­p­lo, porque con­duzem pela esquer­da. Fazem fron­teira com uma série de país­es que tam­bém o fazem.

Não con­si­go perce­ber, porém, como con­seguem ter os car­ros que têm. Isto parece o Japão, são só car­ros japone­ses, com muito poucos impor­ta­dos de out­ros país­es. Há muitos BMW e Mer­cedes, contudo.

Tam­bém não  con­si­go perce­ber como têm a cilin­dra­da que têm. Ain­da não vi car­ros abaixo de 1600… e a maio­r­ia são jipes e pick-ups com mais de 2500. Mes­mo entre os ligeiros vêm-se muitos V6V8!

Bom, a gasoli­na é bara­ta (menos de 1 euro por litro); o gasóleo não sei.

Out­ra coisa são as pes­soas que se encon­tram na rua. Onde quer que vá, encon­tro por­tugue­ses. Há imen­sos aqui. Tam­bém se vêm chi­ne­ses, sul-africanos e outros.

O esta­do das ruas é las­timáv­el. Há um bura­co mes­mo na entra­da para o portão da casa que nos obri­ga a sair todos (menos o con­du­tor, claro) para que o car­ro não bata por baixo. 🙂 Além de mais, temos que andar em ziguezague nes­ta rua, que é uma trans­ver­sal da Aveni­da Kim Ill-Sung!

Aqui não se podem con­tar ane­do­tas do Samo­ra Machel, con­heci­do aqui por “Papá Machel”. Ele é rev­er­en­ci­a­do quase como um san­to nacional aqui. Todas as notas em cir­cu­lação têm uma imagem sua.

Aqui as coisas pas­sam deva­gar. Está nos genes das pes­soas daqui. Tudo parece que demo­ra uma eternidade, com­para­n­do com a vida agi­ta­da das cidades europeias. Só o trân­si­to é que não, emb­o­ra este­ja lim­i­ta­da pelo mau esta­do das ruas.

Ain­da não se decid­iu onde se vai no fim-de-sem­ana, mas provavel­mente ire­mos ficar por Maputo. Há pouco fala­va-se em ir às com­pras… E talvez pra­ia. Vamos ver. Não devem fal­tar opor­tu­nidades para con­hecer este país melhor.

Publicado em Geral | Deixe o seu comentário

Quarta-feira — Dia de chuva em época seca

Hoje esteve a chover quase todo o dia.

Mas não era a chu­va trop­i­cal que eu esta­va à espera. Era mais do género “mol­ha tolos”. Só não choveu o tem­po sufi­ciente para irmos para o tra­bal­ho e para vir­mos do trabalho.. 🙂

Fui no car­ro con­duzi­do pelo Aarão, o nos­so moço de reca­dos. Boa gente! Muito humilde e edu­ca­do. Até demais!

Como esta­va a chover comi no refeitório da mCel.

Aqui­lo é um buf­fet que cus­ta a módi­ca quan­tia de 95 mt. Cer­ca de 2 euros…

Mas é uma des­or­ga­ni­za­ção. Ain­da hoje os meus cole­gas comen­tavam que aqui não con­ceito de fila orga­ni­za­da, e no buf­fet viu-se. É cada um por si. E eu que me desen­rasque, pois em média os moçam­bi­canos e moçam­bi­canas são altos como tudo!

Tive hoje uma reunião de man­hã que até foi pro­du­ti­va, mas a da tarde foi uma desilusão.

Do mal o menos que estive a tra­bal­har noutras coisas entre essas e a coisa cor­reu bem.

Até rece­bi um elo­gio do Prin­ci­pal Engi­neer de Segurança!

O jan­tar foi piz­za pois o pes­soal quis ficar em casa, eu incluí­do. Já sei que aqui é tudo em comu­nidade, mes­mo as piz­zas, pedi a que que­ria, mas comi de algu­mas 5 var­iedades difer­entes, tal como toda a gente!

Ago­ra estou ape­nas a escr­ev­er estas lin­has, na parte de trás da casa a gozar a noite, que está, por sinal, um espeec­tácu­lo! ape­sar de ain­da estar tudo mol­ha­do pela chu­va. Inclu­sive a cadeira onde estou sentado… 🙁

Publicado em Geral | Deixe o seu comentário

Terça-feira

Hoje não aon­te­ceu nada de espe­cial durante o dia, excep­to que fui almoçar à Ser­ra da Estrela.

Ao jan­tar, fui a um restau­rante mes­mo com aspec­to caro. Nun­ca paguei tan­to por um jan­tar… Foram 875 met­i­cais (mais de 20 euros!!!). Mas comi bem.

Comi bife de avestruz, com puré de bata­ta doce saltea­do com legumes.

Exper­i­mentei três vin­hos difer­entes, todos sul-africanos, mas de cas­tas europeias, uma delas portuguesa.

À vin­da para casa, fomos encon­tra­dos por mais uma patrul­ha, mas quan­do eles estavam para nos man­dar parar, virá­mos à esquer­da para a nos­sa rua. eles ain­da voltaram atrás, mas como viram que está­va­mos a entrar em casa, desistiram.

Aqui nada é garan­ti­do em ter­mos tec­nológi­cos… Até a Net cai de vez em quan­do. Quan­do não cai é lenta como nun­ca vi no sécu­lo XXI em lado nen­hum. E para aju­dar à fes­ta, a casa é tão grande que um só router wire­less não chega para a cobrir por inteiro… Estou mes­mo em África!

Deit­ei-me out­ra vez à 1 hora da matina.

Está cada vez a cus­tar mais lev­an­tar cedo.

Publicado em Geral | Deixe o seu comentário

O 1º dia…

O 1º dia começou às 6h30!

O céu já se mostra­va com uma cor azul claro muito luminoso.

15 min­u­tos depois as empre­gadas da casa bati­am na por­ta da coz­in­ha. Começaram logo a preparar e servir o pequeno-almoço. Tor­radas, café, leite, man­teiga, fiambre, quei­jo e fru­ta vari­a­da, incluin­do papa­ia prepara­da à moda de Moçam­bique, rega­da com um pouco de sumo de limão.

Tin­ha vesti­do o meu mel­hor fato e tin­ha medo de me sujar a tomar o pequeno almoço, mas cor­reu bem… O Joaquim, o Project Man­ag­er, toma sem­pre o pequeno-almoço de t‑shirt.

O dia de tra­bal­ho ter­mi­nou per­to das 21h, mas depois o jan­tar deu para descon­trair. Apare­ceu um cole­ga da Crit­i­cal Soft­ware, o Faím, que a últi­ma vez que o vi, ia a cam­in­ho de Angola.

Foi jan­tar italiano.

Cheguei a casa e ain­da estive na Net até às 2h… 🙂

Publicado em Geral | Deixe o seu comentário

Primeira noite em Moçambique

A viagem começou na sex­ta-feira à tarde com a ida de com­boio para Lis­boa. Deit­ei-me por vol­ta das 23h, acordei às 3h da man­hã, tive que cor­rer atrás de um táxi que me lev­asse ao aero­por­to, pois tin­ha que faz­er o check-in até às 4h… :S

O vôo cor­reu muito bem, com muito pou­ca tur­bolên­cia… 🙂 De qual­quer for­ma, dor­mitei um pouco antes do pequeno-almoço, depois dor­mi até quase à hora de almoço, com algu­mas peque­nas incursões pelo mun­do dos acor­da­dos. Ain­da deu para ver o Deser­to do Sahara! Depois de almoço, ain­da dor­mi mais umas horas… 🙂

Foram 8 horas san­tas, mas quan­do começaram a fal­tar 2h para ater­rar, come­cei a ficar impaciente.

Assim que ater­rá­mos, um gajo colou-se a nós e ofer­e­cia-se para tudo: procu­rar as malas (!!!), car­regá-las, tratar dos vis­tos… Esta parte dos vis­tos é que não gostei muito, porque o gajo tin­ha lev­a­do o meu pas­s­aporte, mas no fim, cor­reu tudo bem…

Tive que lhe dar 60 dólares amer­i­canos para ele pagar 50 do meu vis­to e de um cole­ga… :S Esta­va com medo de nun­ca mais ver o din­heiro, pois isso é o salário mín­i­mo daqui… :S No fim, como tin­ha nada mais pequeno, acabei por lhe dar os 10 dólares que me tin­ha trazi­do de tro­co… :S

Estavam já uns cole­gas nos­sos à nos­sa espera para nos levar de car­ro até à “Man­são”. É o nome que damos à casa onde esta­mos… A sala de estar e a coz­in­ha jun­tas são maiores que a min­ha casa de Lisboa… 🙂

Entre­tan­to, os cole­gas que tin­ham fica­do em casa ou que têm casa própria, prepararam-nos um jan­tar de carangue­jo, camarão, camarão tigre, e amei­joas. E um pouco de pão, também!

our-welcome-dinner

 

Depois fomos para a night! Existe um barz­i­to onde se dança tan­go, sal­sa, e out­ras danças assim na Estação Cen­tral de Com­boios de Maputo!!! Ain­da é edifí­cio feito so o domínio por­tuguês e foi can­dida­to a uma das 7 Mar­avil­has do Mun­do Mod­er­no. 🙂 Nota-se que é arqui­tec­tura Portuguesa.

Como esta­va muito cansa­do, vim-me emb­o­ra mais cedo com mais 3 cole­gas. A cam­in­ho, fomos man­da­dos parar por uma briga­da poli­cial de 6 a 8 agentes… Arma­dos com Kalash­nikov AK-47!!!

Começaram por pedir os doc­u­men­tos todos; claro que tive que entre­gar o meu pas­s­aporte; depois implicaram com o fac­to dos meus cole­gas de trás (eu esta­va à frente, no lugar do pen­dura…) não traz­erem cin­to. O meu cole­ga que esta­va ao volante per­gun­tou ao polí­cia se não se pode­ria resolver o assun­to de out­ra for­ma… 🙂 Ofer­e­ceu-lhe 200 met­i­cais. Mas o gajo que­ria mais, então, depois de uns dois min­u­tos, o meu cole­ga con­cor­dou em dar-lhe 300!!! Assim se foram emb­o­ra os polícias… 🙂

Não se assustem por serem 300 met­i­cais… À taxa de câm­bio de hoje, 1 euro são 41 meticais!!! 😉

Largá­mos os dois de trás no hotel deles e fomos então os dois para casa. Não chegá­mos lá antes de ser nova­mente man­da­dos parar por out­ra brigada.

O dia de hoje foi mais cal­mo… Como muito do pes­soal chegou por vol­ta das 6h da madru­ga­da (que aqui já é dia clarís­si­mo), foi quase toda a man­hã a dormir. Fomos ain­da ao cen­tro com­er­cial almoçar, com­prar um cartão de telemóv­el e ao super­me­r­ca­do com­prar água engarrafada.

Pos­so-vos diz­er que, neste momen­to, é‑me quase impos­sív­el descr­ev­er o lugar. É sim­ples­mente difer­ente de tudo o que já ten­ha visto.

Sem­pre que se está a esta­cionar, está lá o moed­in­ha… Mas aqui não se lhes dá a moe­da depois de esta­cionar… Ape­nas quan­do se vai para sair… O nor­mal é darem-lhes 5 met­i­cais. E lá vão eles todos contentes!

Con­seguem-se com­prar todo o tipo de coisas na rua, des­de taba­co, a exten­sões eléc­tri­c­as e adap­ta­dores de tomadas (que aqui são difer­entes das da Europa, pelo menos em algu­mas casas, como a onde estou). Mas não é pre­ciso ir ter com os vende­dores… Eles vêm ter connosco… 🙂

É impres­sio­n­ante o número de estrangeiros aqui. Já ouvi falar brasileiro, inglês, mas prin­ci­pal­mente por­tuguês europeu! Há muitos por­tugue­ses aqui! São quase uma praga!!! 🙂

As avenidas são larguís­si­mas, com duas vias de rodagem para cada sen­ti­do, com sep­a­rador cen­tral. Mas o piso é tão bom, como a estra­da flo­re­stal que vai de Quiaios até Mira, em média… 🙂 Há ruas piores e out­ra melhores.
As grandes avenidas têm todas nomes de grandes per­son­al­i­dades, como Robert Mogabe, Kim Ill-Sung e out­ros do género. Mas mes­mo assim, a grande per­son­al­i­dade mais vista por aqui é Samo­ra Machel!!! Sim, ele ain­da é vivo e está em TODAS as notas que exis­tem em circulação!!!

Por isso podem imag­i­nar que não se pode con­tar ane­do­tas dele por estas bandas… 😀

Aman­hã é o primeiro de tra­bal­ho a sério e vou ter que ir de fato e gravata. 🙁

E ago­ra, aos bravos que con­seguirem ler esta frase, quero deixar abraços; às “bravas” muitos beijinhos!!!

Ten­ho que me deitar, pois o dia aqui começa às 6h30 e aca­ba às 17h. À 17h30 já é noite cer­ra­da! E ninguém tra­bal­ha depois do por do Sol. Ago­ra são pre­cisa­mente 1h da matina!!!

Publicado em Dia-a-dia, Pessoal | Deixe o seu comentário

Telemóveis para os meninos

Hou­ve mais um caso de agressão de numa esco­la dev­i­do a um telemóv­el, relata­do n’O Públi­co aqui.

Resu­min­do a notí­cia, um aluno agrediu uma pro­fes­so­ra depois des­ta o ter admoes­ta­do para devolver o telemóv­el de um out­ro aluno.

O aluno agres­sor já havia sido expul­so no ano pas­sa­do de uma out­ra esco­la por prob­le­mas semelhantes.

A que pon­to chega a nos­sa sociedade quan­do se uti­liza vio­lên­cia por motivos tão fúteis como um telemóv­el, coisa que, na min­ha opinião, não dev­e­ria ser dado a cri­anças do 8º ano, como é este o caso.

A cul­pa dis­to tudo não é da esco­la, mas sim, da edu­cação que as cri­anças recebem em casa, edu­cação esta que é per­mis­si­va demais e leva a abu­sos deste género.

Ain­da por cima, hoje em dia, os pro­fes­sores não podem actu­ar, pois ain­da se arriscam a ser agre­di­dos por pais com menos escrúpu­los (não foi este o caso, feliz­mente, pois o pai do aluno em causa resolveu reme­ter-se ao silên­cio até que o proces­so termine.

Este aluno foi entre­tan­to sus­pen­so por 10 dias pelo Con­sel­ho Direc­ti­vo da escola.

Publicado em Sociedade | Deixe o seu comentário

Barack Obama foi eleito o 44º Presidente dos Estados Unidos da América

Final­mente boas notí­cias do foro internacional.

Barack Oba­ma con­segui ser eleito pres­i­dente dos EUA. Ago­ra, tal como mui­ta gente por este Mun­do fora, espero que Oba­ma tra­ga uma cara nova à políti­ca dos EUA, espe­cial­mente na área da políti­ca internacional.

Vamos ver como vai ficar a estória do escu­do anti-mís­seis que o energú­meno do Bush que­ria insta­lar jun­to às fron­teiras da Rús­sia. Prin­ci­pal­mente este tópi­co sem­pre foi um assun­to obscuro para mim, pois nun­ca con­segui perce­ber o que ele que­ria com este escu­do. Quase de certeza seria para escoar os stocks de algu­ma empre­sa amer­i­cana de um ami­go dele… Será que este sen­hor não sabe que a Guer­ra Fria acabou? Por que será que ele perseguiu uma políti­ca exter­na basea­da nas armas, cau­san­do assim uma que­bra na econo­mia amer­i­cana sem precedentes.

Ago­ra começam qua­tro anos de (espero) políti­cas amer­i­canas difer­entes, para melhor.

Publicado em Política | Deixe o seu comentário

Lembradura

Lem­brei-me ago­ra de escr­ev­er estas lin­has a par­tir do meu iPod Touch…
É a primeira vez que estou a exper­i­men­tar uma apli­caçãozi­ta que “com­prei” na iTunes Store. Digo “com­prei” porque é uma apli­cação gra­tui­ta, chama­da muito apro­pri­ada­mente WordPress.
Já noto uma lim­i­tação: não dá para mudar o esti­lo do tex­to (pôr bold, itáli­co, etc…)

Publicado em Conversa da treta | Deixe o seu comentário