A origem da semana de trabalho de 40 horas

Este arti­go foi traduzi­do de um que foi pub­li­ca­do orig­i­nal­mente na pági­na Alter­Net.

[S]e tem a  sorte de ter um emprego ago­ra, provavel­mente estará a faz­er tudo para o man­ter. Se o patrão lhe pede para tra­bal­har 50 horas, tra­bal­hará 55. Se ele pede 60, perderá noites durante a sem­ana e Sába­dos, e tra­bal­hará 65. Muito provavel­mente estará a faz­er isto há meses, senão mes­mo anos, às cus­tas da sua vida famil­iar, a sua roti­na de exer­cí­cios físi­cos, a sua dieta, o seu nív­el de stress e a sua sanidade. Estará esgo­ta­do, cansa­do, dori­do e esque­ci­do pela sua esposa, fil­hos e cão. Mas con­tin­ua a esforçar-se, pois toda a gente sabe que é tra­bal­han­do horas a fio que se con­seue provar que é “apaixon­a­do”, “pro­du­ti­vo” e um “jogador de equipa” — o tipo de pes­soa que terá mel­hores hipóte­ses de sobre­viv­er à próx­i­ma ron­da de des­ped­i­men­tos. Isto é o que o tra­bal­ho parece ago­ra. Tem sido assim por tan­to tem­po que muitos tra­bal­hadores amer­i­canos não se apercebem que, na maior parte do sécu­lo XX, tem sido mais ou menos con­sen­su­al entre os patrões norte-amer­i­canos que tra­bal­har mais de 40 horas por sem­ana é estúpi­do, um des­perdí­cio, perigoso e caro — o mais óbvio sinal de uma gestão perigosa­mente incom­pe­tente para dis­pen­sar. É uma here­sia ago­ra (boa sorte para con­vencer o seu patrão do que vou ago­ra diz­er), mas cada hora que tra­bal­ha a mais além das 40 horas por sem­ana fá-lo‑á menos efi­ciente e pro­du­ti­vo no cur­to e lon­go pra­zo. Pode pare­cer estran­ho, mas é ver­dade: a coisa mais sim­ples e ráp­i­da de aumen­tar a pro­du­tivi­dade e os lucros da sua empre­sa — começan­do ago­ra mes­mo, hoje — é tirar toda a gente da mara­tona das 55 horas por sem­ana e voltar às 40. Sim, vai con­tra tudo o que os gestores mod­er­nos jul­gam que pen­sam sobre o tra­bal­ho. Por isso, pre­cisamos de perce­ber mel­hor. Como se chegou à sem­ana de 40 horas de tra­bal­ho em primeiro lugar? Como a perdemos? E quais são as razões prin­ci­pais para que seja retomada?

Con­tin­uar a ler

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Um Dia Isto Tinha Que Acontecer (por Mia Couto)

mia-couto

Existe mais do que uma! Certamente!

Está à ras­ca a ger­ação dos pais que edu­caram os seus meni­nos numa abas­tança capri­chosa, pro­te­gen­do-os de difi­cul­dades e escon­den­do-lhes as agruras da vida.

Está à ras­ca a ger­ação dos fil­hos que nun­ca foram ensi­na­dos a lidar com frustrações.

A iro­nia de tudo isto é que os jovens que ago­ra se dizem (e tam­bém estão) à ras­ca são os que mais tiver­am tudo. Nun­ca nen­hu­ma ger­ação foi, como esta, tão priv­i­le­gia­da na sua infân­cia e na sua ado­lescên­cia. E nun­ca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigi­do nos últi­mos anos.

Deslum­bradas com a mel­ho­ria sig­ni­fica­ti­va das condições de vida, a min­ha ger­ação e as seguintes (actual­mente entre os 30 e os 50 anos) vin­garam-se das difi­cul­dades em que foram cri­adas, no antes ou no pós 1974, e quis­er­am dar aos seus fil­hos o melhor.

Ansiosos por sub­li­mar as suas próprias frus­trações, os pais inve­sti­ram nos seus descen­dentes: pro­por­cionaram-lhes os estu­dos que fazem deles a ger­ação mais qual­i­fi­ca­da de sem­pre (já lá vamos…), mas tam­bém lhes der­am uma vida desafo­ga­da, mimos e mor­do­mias, entradas nos locais de diver­são, car­tas de con­dução e 1.º automóv­el, depósi­tos de com­bustív­el cheios, din­heiro no bol­so para que nada lhes fal­tasse. Mes­mo quan­do as expec­ta­ti­vas de primeiro emprego saíram goradas, a família con­tin­u­ou pre­sente, a garan­tir aos fil­hos cama, mesa e roupa lavada.

Durante anos, acred­i­taram estes pais e estas mães estar a faz­er o mel­hor; o din­heiro ia chegan­do para com­prar (quase) tudo, quan­tas vezes em sub­sti­tu­ição de princí­pios e de uma edu­cação para a qual não havia tem­po, já que ele era todo para o tra­bal­ho, garante do orde­na­do com que se com­pra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.

Depois, veio a crise, o aumen­to do cus­to de vida, o desem­prego, … A vaquin­ha ema­gre­ceu, feneceu, secou.

Foi então que os pais ficaram à rasca.

Os pais à ras­ca não vão a um con­cer­to, mas os seus reben­tos enchem Pavil­hões Atlân­ti­cos e fes­ti­vais de músi­ca e bares e dis­cote­cas onde não se entra à bor­la nem se con­some fiado.

Os pais à ras­ca deixaram de ir ao restau­rante, para poderem con­tin­uar a pagar restau­rante aos fil­hos, num país onde uma fes­ta de aniver­sário de ado­les­cente que se preza é no restau­rante e veda­da a pais.

São pais que con­tam os cên­ti­mos para pagar à ras­ca as con­tas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos praz­eres para que os fil­hos não pre­scindam da inter­net de ban­da larga a alta veloci­dade, nem dos qual­quer­cois­a­phones ou pads, sem­pre de últi­ma geração.

São estes pais mes­mo à ras­ca, que já não aguen­tam, que começam a ter de diz­er “não”. É um “não” que nun­ca ensi­naram os fil­hos a ouvir, e que por isso eles não supor­tam, nem com­preen­dem, porque eles têm dire­itos, porque eles têm neces­si­dades, porque eles têm expec­ta­ti­vas, porque lhes dis­ser­am que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!

A sociedade col­he assim hoje os fru­tos do que semeou durante pelo menos duas décadas.

Eis ago­ra uma ger­ação de pais impo­tentes e frustrados.

Eis ago­ra uma ger­ação jovem alta­mente qual­i­fi­ca­da, que andou muito por esco­las e uni­ver­si­dades mas que estu­dou pouco e que apren­deu e sabe na pro­porção do que estu­dou. Uma ger­ação que colec­ciona diplo­mas com que o país lhes ali­men­ta o ego insu­fla­do, mas que são uma ilusão, pois cor­re­spon­dem a pouco con­hec­i­men­to teóri­co e a duvi­dosa capaci­dade operacional.

Eis uma ger­ação que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nen­hum. Uma ger­ação que tem aces­so a infor­mação sem que isso sig­nifique que é infor­ma­da; uma ger­ação dota­da de trôpe­gas com­petên­cias de leitu­ra e inter­pre­tação da real­i­dade em que se insere.

Eis uma ger­ação habit­u­a­da a comu­nicar por abre­viat­uras e frustra­da por não poder abre­viar do mes­mo modo o cam­in­ho para o suces­so. Uma ger­ação que dese­ja saltar as eta­pas da ascen­são social à mes­ma veloci­dade que queimou eta­pas de cresci­men­to. Uma ger­ação que dis­tingue mal a difer­ença entre emprego e tra­bal­ho, ambi­cio­nan­do mais aque­le do que este, num tem­po em que nem um nem out­ro abundam.

Eis uma ger­ação que, de repente, se aperce­beu que não man­da no mun­do como man­dou nos pais e que ago­ra quer ditar regras à sociedade como as foi ditan­do à esco­la, alarve­mente e sem maneiras.

Eis uma ger­ação tão habit­u­a­da ao muito e ao supér­fluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.

Eis uma ger­ação con­sum­ista, insaciáv­el e com­ple­ta­mente desorientada.

Eis uma ger­ação preparad­in­ha para ser arras­ta­da, para servir de mon­ta­da a quem é exímio na arte de cav­al­gar dem­a­gogi­ca­mente sobre o deses­pero alheio.

Há tal­en­to e cul­tura e capaci­dade e com­petên­cia e sol­i­dariedade e inteligên­cia nes­ta geração?

Claro que há. Con­heço uns bons e valentes pun­hados de exemplos!

Os jovens que detêm estas capaci­dades-car­ac­terís­ti­cas não encaix­am no retra­to colec­ti­vo, pouco se iden­ti­fi­cam com os seus con­tem­porâ­neos, e nem são ess­es que se queix­am assim (emb­o­ra este­jam à ras­ca, como todos nós).

Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais infla­ma­dos pudessem, ati­rari­am ao tapete os seus con­tem­porâ­neos que tra­bal­ham bem, os que são empreende­dores, os que con­seguem bons resul­ta­dos académi­cos, porque, que inve­ja! que chat­ice!, são bet­inhos, cro­mos que só estor­vam os out­ros (como se viu no últi­mo Prós e Con­tras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abar­batar bons orde­na­dos e a subir na vida.

E nós, os mais vel­hos, estare­mos em vias de ser caça­dos à entra­da dos nos­sos locais de tra­bal­ho, para deixar­mos livres os inve­ja­dos lugares a que alguns acham ter dire­ito e que pelos vis­tos — e a acred­i­tar no que ulti­ma­mente ouvi­mos de algu­mas almas — ocu­pamos injus­ta, imere­ci­da e indevidamente?!!!

Novos e vel­hos, todos esta­mos à rasca.

Ape­sar do tom des­ta min­ha prosa, o que eu ten­ho mes­mo é pena destes jovens.

Tudo o que atrás escrevi serve ape­nas para demon­strar a min­ha firme con­vicção de que a cul­pa não é deles.

Haverá mais triste pro­va do nos­so falhanço?

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Acordo ortográfico, explicado por um moçambicano…

Um mail que me enviaram que dedi­co aos meus ami­gos moçambicanos:

«Eh Oena, Lhe Can,

Nós aqui em Moçam­bique sabe­mos que os mulun­gos de Lis­boa fiz­er­am um acor­do ortográ­fi­co com aque­le tocoloc­ma do Brasil que tem nome de peixe. A min­ha respos­ta é: naila. Os mulun­gos não pensem que chegam aqui e buis­sa saguate sem milan­do, porque pen­sam que o moçam­bi­cano é bon­go­lo. O moçam­bi­cano não é bon­go­lo não; o moçam­bi­cano esti­va xilande. Essa bula bula de acor­do ortográ­fi­co é como babal­aza de chope: quan­do a gente acor­da man­gua­na, se vai ticumzar a mamana já não tem estale­ca e nem sequer sabe onde é o xit­o­mbo, e a gente arran­ja timaca com a nos­sa família.

E como pode o mufana moçam­bi­cano falar com um madala? Em por­tuguês, nat­u­ral­mente. A lín­gua por­tugue­sa é de todos, incluin­do o mula­to, o bal­abas­so e os baneanes. Por exem­p­lo: em Por­tu­gal dizem “auto­car­ro” e está no dicionário; no Brasil falam “bus” e está no dicionário; aqui em Moçam­bique falam­os “machim­bom­bo” e não está no dicionário. Porquê? O moçam­bi­cano é machim­ba? Machim­ba é aque­le con­goa­ca do Sócrates que pen­sa que é chibante e que fuma nos tape, jun­to com o chicon­ho­ca min­istro da econo­mia de Lis­boa. O Sócrates não pen­sa, só faz tchócótchá com o th’x­ouco dele e aqui­lo que sai é só matope.

Este acor­do ortográ­fi­co é can­gan­hiça, chicuem­bo chan­haca! Aqui na min­ha ter­ra a gente fez uma ban­ja e decid­iu que não podemos aceitar.

Bayete Moçam­bique!

Ham­ba­n­ine.»

Assi­na: Manuel Muanamucane

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Leituras

[F]inalmente acabei de lei a trilo­gia de ficção cien­tí­fi­ca Night’s Dawn do escritor britâni­co Peter F. Hamil­ton. Esta trilo­gia é enorme! Cada vol­ume tem mais de 1200 pági­nas, mas é de leitu­ra fácil, prin­ci­pal­mente para quem, como eu, gos­ta de ficção cien­tí­fi­ca. Resum­i­da­mente, con­ta as histórias interli­gadas de várias per­son­agens que ten­tam lutar com uma nova ameaça à esta­bil­i­dade da sociedade do fim do sécu­lo XXVI e iní­cio do sécu­lo XXVII.

Resolvi mudar ligeira­mente o género para leitu­ra de sus­pense e come­cei a ler um livro chama­do The Con­fes­sor, escrito por Daniel Sil­va. Daniel Sil­va, ape­sar do nome, é um escritor norte-amer­i­cano, nasci­do de pais açore­anos, no esta­do do Michi­gan. Con­ta a história de um anti­go espião israeli­ta que ten­ta deslin­dar o assas­si­na­to de um ami­go dele e depois se vê envolvi­do num escân­da­lo que o leva às mais altas esferas do Vat­i­cano. Leitu­ra inter­es­sante, com bas­tante acção e mistério.

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O “gajo da Informática”

[A]qui está um arti­go que par­til­haram comi­go na Face­book e que que­ria par­til­har aqui neste blog pois espel­ha exac­ta­mente o que, por vezes, ten­to diz­er às pes­soas que não são informáticos.

  1. O GAJO DA INFORMÁTICA dorme. Pode pare­cer men­ti­ra, mas O GAJO DA INFORMÁTICA pre­cisa de dormir e des­cansar como qual­quer out­ra pes­soa. Esqueça que ele tem telemóv­el e tele­fone em casa; ligue só para o escritório ou para o telemóv­el entre as 09h00m e as 13h00 (man­hã) ou entre as 15h00 e as 19h00 (tarde) de Segun­da-feira a Sex­ta-feira. O GAJO DA INFORMÁTICA tam­bém pre­cisa de des­cansar aos Sába­dos, Domin­gos, feri­ados e NOS DIAS QUE INDICOU DE FÉRIAS.
  2. O GAJO DA INFORMÁTICA come. Parece ina­cred­itáv­el, mas é ver­dade. O GAJO DA INFORMÁTICA tam­bém pre­cisa de ali­men­tar-se e tem horas para isso, TODOS OS DIAS.
  3. O GAJO DA INFORMÁTICA pode ter família. Esta é a mais incrív­el de todas. Mes­mo sendo um GAJO DA INFORMÁTICA, pre­cisa de des­cansar no fim de sem­ana para poder dar atenção à família, aos ami­gos e a si próprio, sem pen­sar ou falar em infor­máti­ca, impos­tos, for­mulários, reparações e demon­strações, manutenção, vírus e etc.
  4. O GAJO DA INFORMÁTICA, como qual­quer cidadão, pre­cisa de din­heiro. Por esta você não esper­a­va, ah? É sur­preen­dente, mas O GAJO DA INFORMÁTICA tam­bém paga impos­tos, com­pra comi­da, pre­cisa de com­bustív­el, roupas e sap­atos, e ain­da con­some xanax para con­seguir relaxar. Não peça aqui­lo pelo que não pode pagar ao GAJO DA INFORMÁTICA.
  5. Ler e estu­dar tam­bém é tra­bal­ho. E tra­bal­ho sério. Pode parar de rir. Não é pia­da. Quan­do um GAJO DA INFORMÁTICA está con­cen­tra­do num livro ou pub­li­cação espe­cial­iza­da ele está a apri­morar-se como profis­sion­al, logo, a trabalhar.
  6. De uma vez por todas, vale reforçar: O GAJO DA INFORMÁTICA não é vidente, não faz tarôt e nem tem uma bola de cristal para adi­v­in­har o que as out­ras pes­soas pen­sam ou fazem. Se você jul­gou que era assim, demita‑o e con­trate um PARANORMAL, um BRUXO ou um DETECTIVE. Ele pre­cisa de anal­is­ar, plan­ear, orga­ni­zar-se e que lhe expliquem DETALHADAMENTE o que é pre­tendi­do para assim ter condições de faz­er um bom tra­bal­ho, seja de que taman­ho for. Pra­zos são essen­ci­ais e não um luxo. Se você quer um mila­gre, ore bastante,faça jejum, e deixe o pobre do GAJO DA INFORMÁTICA em paz.
  7. Em reuniões de ami­gos ou fes­tas de família, O GAJO DA INFORMÁTICA deixa de ser O GAJO DA INFORMÁTICA e reas­sume o seu pos­to de ami­go ou par­ente, exac­ta­mente como era antes dele ingres­sar nes­ta profis­são. Não lhe peça con­sel­hos ou dicas. Ele tam­bém tem o dire­ito de divertir-se.
  8. Não existe ape­nas uma ‘listagemz­in­ha’, uma ‘rotin­in­ha’, nem um ‘tex­toz­in­ho’, um ‘pro­gram­in­ha muito fácil para con­tro­lar isto e aqui­lo’, um ‘prob­lem­inha, que a máquina não liga’, um ‘sisteminha’,uma ‘vis­it­in­ha ráp­i­da (aliás, con­ta-se de onde saí­mos e até chegar­mos)’. Assim, esqueça os inha e os inho (pro­gram­in­ha, tex­toz­in­ho, vis­it­in­ha) ‘, pois os GAJOS DA INFORMÁTICA não resolvem este tipo de prob­le­mas. Lista­gens, roti­nas e pro­gra­mas são fru­tos de anális­es cuida­dosas e requerem atenção, ded­i­cação. Plan­ear, orga­ni­zar, pro­gra­mar com con­cen­tração e ded­i­cação, pode pare­cer incon­ce­bív­el a uma boa parte da pop­u­lação, mas serve para tornar a vida do GAJO DA INFORMÁTICA mais suportável.
  9. Quan­to ao uso do telemóv­el: o telemóv­el é uma fer­ra­men­ta de trabalho.Por favor, ligue ape­nas quan­do necessário. Fora do horário de expe­di­ente, mes­mo que você ain­da duvide, O GAJO DA INFORMÁTICA pode estar a faz­er algu­mas das coisas que você nem pen­sou que ele fazia, como dormir ou namorar, por exemplo.
  10. Pedir a mes­ma coisa várias vezes não faz O GAJO DA INFORMÁTICA tra­bal­har mais rápi­do. Solicite. Depois, aguarde o pra­zo dado pelo GAJO DA INFORMÁTICA.
  11. Quan­do o horário de tra­bal­ho do perío­do da man­hã vai até 13h00m, não sig­nifi­ca que você pode lig­ar às 12:58 horas. Se você só se lem­brou do GAJO DA INFORMÁTICA a essa hora, azar o seu, espere e ligue após o horário do almoço (lem­bra-se do item 2?). O mes­mo vale para a parte da tarde: ligue no dia seguinte.
  12. Quan­do O GAJO DA INFORMÁTICA estiv­er a apre­sen­tar um pro­jec­to, por favor, não fique bombardeando‑o com mil­hares de per­gun­tas durante a reunião. Isso tira a con­cen­tração, além de dar-lhe cabo da paciência.
    ATENÇÃO: Evite per­gun­tas que não ten­ham relação com o pro­jec­to, tipo “Quan­to cus­tou o seu portátil?” ou “O que acha que devo com­prar para o meu fil­ho jog­ar em casa, um portátil ou um desktop?”
  13. O GAJO DA INFORMÁTICA não inven­ta prob­le­mas, não faz actu­al­iza­ções automáti­cas de Win­dows piratas, não tem relação com vírus, em resumo, NÃO É CULPADO PELO MAU USO DE EQUIPAMENTOS, INTERNET E AFINS. Não reclame! O GAJO DA INFORMÁTICA com certeza fez o pos­sív­el e den­tro da leg­is­lação em vig­or para você pagar menos. Se quer faz­er upgrades de bor­la, insta­lar pro­gram­in­has giros, etc., faça‑o, mas antes demi­ta O GAJO DA INFORMÁTICA e con­trate um PICHELEIRO.
  14. Os GAJOS DA INFORMÁTICA não são os cri­adores dos dita­dos “o bara­to sai caro” e “quem paga mal paga a dobrar”. Mas eles concordam.
  15. Infor­máti­ca é ref­er­ente a com­puta­dores (HARDWARE OU SOFTWARE e muito rara­mente, os dois ao mes­mo tem­po), e não TV’s, telemóveis e elec­trodomés­ti­cos, etc. Por­tan­to, O GAJO DA INFORMÁTICA não vai ensi­nar-lhe a mex­er no telemóv­el, reparar a sua TV, etc.
  16. Exis­tem vários tipos de GAJOS DA INFORMÁTICA e cada um tem a sua espe­cial­iza­ção. Se você parte uma per­na não vai ao oculista, pois não? Assim, se o GAJO DA INFORMÁTICA é espe­cial­ista em soft­ware e pro­gra­mação poderá não estar muito à von­tade sobre HARDWARE ou REDES e vice-ver­sa para realizar um tra­bal­ho de qual­i­dade, por­tan­to não lhe peça para exe­cu­tar tra­bal­hos nos quais não é espe­cial­ista dizen­do “você con­segue faz­er, para que chamar out­ra pes­soa se você é mes­mo bom nis­to da informática”.

Reti­ra­do de http://invisibleflamelight.wordpress.com/2009/04/17/o‑gajo-da-informtica/

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Último dia de 2011

[C]hegou o últi­mo dia do ano. Tradi­cional­mente, neste dia há diver­são, fes­tas, fogo de artifí­cio e res­oluções para o ano que se aviz­in­ha. É o dia em que deita­mos fora o cal­endário anti­go e se pen­dura um novo. Inde­pen­den­te­mente de se faz­er fes­ta ao ar livre ou em espaço fecha­do, há sem­pre vin­ho espumante, pas­sas e ale­gria. É o dia onde se faz o bal­anço do ano que ter­mi­na e planos para o ano que começa.
Con­fes­so que, para mim é quase um dia igual aos out­ros. É pouco mais que o dia em que a data avança um ano e o dia e o mês vol­ta a um.
De qual­quer for­ma, deixo aqui os meus votos de boas saí­das de 2011 e mel­hores entradas em 2012.
Bom ano de 2012 para todos.

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Mais um Natal…

[M]ais um Natal… Esta é uma época em que se cos­tu­mam jun­tar as famílias, voltar às ori­gens, muitas vezes no inte­ri­or do país, onde o frio aper­ta e só apetece estar à vol­ta da lareira ou do fogão a lenha. Sei dis­to porque pas­sei muitos na ter­ra natal do meu pai, uma vila paca­ta e pitoresca chama­da Côja, no con­cel­ho de Arganil, a uns meros 30km de uma out­ra aldeia muito con­heci­da, o Piódão.

Vistal ger­al de Côja

Côja é um sítio de uma tran­quil­i­dade demasi­a­do estran­ha para as pes­soas habit­u­adas ao reboliço da cidade. Bas­ta ficar aten­to para se ouvir ape­nas o chilrear das aves canoras, do gras­nar dos cor­vos nas matas cir­cun­dantes, o barul­ho do ven­to nos pin­heiros e as águas cor­rentes da Ribeira da Mata.

Esta ribeira é um cur­so de água que nasce na Fra­ga da Pena, bem den­tro da pais­agem pro­te­gi­da da Ser­ra do Açor, ini­cian­do o seu per­cur­so numa das mais altas cas­catas de Por­tu­gal, com 20 met­ros de altura. As águas são cristali­nas e mes­mo no Verão tão fres­cas que parece que estão a sair do frig­orí­fi­co, boas para matar a sede.

Cas­ca­ta da Fra­ga da Pena

Esta ribeira, ape­sar de ter muitas partes do seu per­cur­so até ao Rio Alva sec­os durante o Verão, é ali­men­ta­da por inúmeras nascentes, pelo que há sem­pre água a desaguar no Alva. É tam­bém esta água que serve para regar os ter­reno agrí­co­las que a ladeiam em todo o vale da Côja.

Côja é daque­les sítios quase esque­ci­dos pelo pro­gres­so, em que os pré­dios e as ruas pouco mudam, emb­o­ra, quan­do acon­tece, a mudança é rad­i­cal. É vila des­de 1260 e já foi um grande agre­ga­do pop­u­la­cional (em 1849 tin­ha 7091 habi­tantes), enquan­to ago­ra não pas­sa dos 1700.

É um dos sítios onde ten­ho ido pouco, mas gos­to sem­pre de lá voltar. O ar puro nota-se no cheiro e na fres­cu­ra de cada inspiração.

Espero que não mude muito, pois gostaria de aproveitar a tran­quil­i­dade de que ofer­ece muito mais vezes.

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Rua d’Arte

[N]a sex­ta-feira pas­sa­da con­heci um sítio chama­do Rua d’Arte. Mas só se chama assim durante a noite. Durante o dia chama-se Rua da Mesqui­ta. Fica na Aveni­da 25 de Setem­bro, mes­mo em frente ao Mer­ca­do Munic­i­pal e jun­to à sede do Mil­len­ni­um. Faz esquina com a Casa Ele­fante, uma loja de capu­lanas com tan­ta por onde escol­her que é difí­cil com­prar lá seja o que for. Durante a noite, colo­cam um pano no iní­cio da rua e out­ro no fim, uma mesa a servir de bar e pron­to: fes­ta toda a noite! Há lá sem­pre DJs (de fra­ca qual­i­dade), músi­ca, mui­ta dança, diver­são e bebidas! O tipo do bar que vende cerve­ja é um bacano! A casa de ban­ho é minús­cu­la, mas serve para os gas­tos. Segun­do o Luís, ia haver nes­sa noite um con­cer­to de um grupo moçam­bi­cano que toca tim­bi­las, um xilo­fone típi­co de Moçam­bique, que usa côcos como caixas de ressonân­cia. Fazem um som car­ac­terís­ti­co. O grupo em si foi uma sur­pre­sa. Chamam-se os Tim­bi­la Muz­im­ba. Mis­tu­ram as tim­bi­las, com tam­bores tradi­cionais, e com gui­tar­ras baixo e não só, bate­ria e sin­te­ti­zador! A acom­pan­har, danças moçam­bi­canas, influ­en­ci­adas pelas danças trib­ais da zona. Estiver­am lá para aí umas 4 horas a tocar e a dançar. Foi um espectáculo!

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Kruger National Park (2/2)

[O] dia começou como esper­a­va às 5h30. Hora de acor­dar. Esta­va um frio de rachar e eu só tin­ha uma camisole­ca de meia estação comi­go. Feliz­mente no jipe havia cober­tores. No dia ante­ri­or tín­hamos fal­a­do com um dos guias do Kruger Park que afi­nal era mes­mo o nos­so. Primeiro foram as apre­sen­tações. Ele chama­va-se Clint. Tal como o Eastwood…

Ele começou com um breef­ing sobre as prin­ci­pais nor­mas de segu­rança no par­que, prin­ci­pal­mente não colo­car­mos nen­hu­ma parte do cor­po fora do jipe. A expli­cação é sim­ples: os ani­mais con­seguem-nos sen­tir pelo cheiro, mas pen­sam que esse cheiro é o próprio jipe; se colo­car­mos algu­ma parte de cor­po fora do jipe alter­amos o per­fil deste, sendo óbvio para os ani­mais, prin­ci­pal­mente os predadores e os maiores (rinocerontes, hipopó­ta­mos, búfa­los e ele­fantes) que há algo mais den­tro do jipe. Depois deste breef­ing, lá seguimos nós para den­tro do par­que pro­pri­a­mente dito. Quan­do saí­mos do hotel o sol esta a começar a raiar.

Nascer do Sol no Kruger

Nascer do Sol no Kruger

Pelo cam­in­ho falou-nos dos “Big Five”. São os ani­mais de eleição do par­que: o leão, o rinoceronte, o ele­fante, o búfa­lo e o leopardo.

Os primeiros ani­mais que vimos são os mais comuns do Kruger Park, as impalas. O guia chamou-lhes o MacDonald’s da sel­va. Há-as em todo o lado e em abundân­cia. As primeiras que vimos foram dois jovens machos a treinar as lutas que os farão mais tarde ter descendência.

impalas

Impalas

O primeiro dos Big Five que encon­trá­mos foi o rinoceronte. Deste vez foi uma família, com um bebé com cer­ca de 150kg!

Rinoceronte fêmea e a sua cria

Rinoceronte fêmea e a sua cria

O Clint man­tinha-se em con­tac­to per­ma­nente via telemóv­el (quan­do tin­ha rede), mas prin­ci­pal­mente através de rádio CB. É comum as pes­soas que andam no Kruger comu­ni­carem umas com as out­ras acer­ca dos ani­mais que encontram.

Antes do pequeno almoço ain­da vimos kudus. São a segun­da espé­cie de antí­lope mais comum no par­que e têm riscas no cor­po muito car­ac­terís­ti­cas. Como sem­pre, tive­mos que esper­ar que uma peque­na man­a­da atrav­es­sasse o caminho.

 

Kudu macho

Kudu macho

O pequeno almoço esta­va des­ti­na­do a ser numa área própria den­tro do par­que, com mesas, ban­cos, que nem par­que de meren­das. Antes de irmos para lá, ain­da seguimos o ras­to de excre­men­tos de ele­fante até um jovem macho. Os machos adul­tos, a não ser na altura do cio das fêmeas, andam sem­pre sozinhos.

Elefante jovem macho

Ele­fante jovem macho

Depois, o Clint rece­beu uma men­sagem no rádio que o deixou em polvorosa… Tin­ham sido avis­ta­dos leões. Ele avi­sou logo que os leões, durante o dia então quase sem­pre a dormir, ou pelo menos, a des­cansar. O Rei da Sel­va não tem que se pre­ocu­par com predadores, por isso des­cansa em qual­quer lado, mas prin­ci­pal­mente à sombra.

Leão a descansar ao sol da manhã

Leão a des­cansar ao sol da manhã

O sítio onde tomá­mos o pequeno almoço esta­va infes­ta­do de pás­saros à procu­ra de comi­da fácil. Achei muito engraça­dos os calaus de bico amare­lo e uma espé­cie de estorn­in­ho com penas de azul metáli­co muito bonito.

Calau de bico amarelo à espera de comida

Calau de bico amare­lo à espera de comida

Estes bichos andavam por cima das mesas, quase rouban­do o com­er da mão das pes­soas. E eram às dezenas.

Neste espaço tam­bém se ven­di­am lem­branças. Ain­da trouxe um chapéu tipi­ca­mente sul-africano, uma t‑shirt e uns ímans para o frigorífico.

Isto pas­sou-se por vol­ta das 9 horas da man­hã. Às 9h30 já está­va­mos a andar pelo par­que out­ra vez, em bus­ca de mais coisas para ver.

O mais espec­tac­u­lar do dia todo foi quan­do depará­mos com uma man­a­da de uns 40 ele­fantes que se lem­brou se atrav­es­sar o cam­in­ho à nos­sa frente. Claro que tive­mos que esper­ar que eles pas­sas­sem todos, senão arriscá­va­mo-nos a ser atro­pela­dos por eles.

Manada de elefantes a atravessar a estrada

Man­a­da de ele­fantes a atrav­es­sar a estrada

Foi impres­sio­n­ante reparar na inteligên­cia destes bichos. As fêmeas mais vel­has colo­caram-se entre o jipe e o resto da man­a­da enquan­to atrav­es­savam e só saíram do sítio quan­do os mais jovens atrav­es­saram todos a estrada.

Depois des­ta cena espec­tac­u­lar ain­da vimos croc­o­di­los, tar­taru­gas e um hipopó­ta­mo numa das pou­cas zonas com água do parque.

Ain­da hou­ve tem­po para ver mais um dos Big Five, o búfa­lo. É um ani­mal mes­mo feio e mal encar­a­do. E, segun­do o Clint, um dos mais perigosos, pois ata­ca sem aviso.

Para mui­ta pena nos­sa, acabou o safari pouco tem­po depois. Ain­da hou­ve tem­po para uma foto de grupo na ponte sobre o Croc­o­dile River.

A malta

A mal­ta

Fomos almoçar à povoação mais próx­i­ma, chama­da Male­lene. Incriv­el­mente, o super-mer­cado/take-away que encon­trá­mos era geri­do por por­tugue­ses. Essa pra­ga que se vê em qual­quer sítio do Mun­do onde vou…

Após o almoço, lá seguimos pela estra­da N4 até Maputo, mas des­ta vez não hou­ve enganos. Foi só seguir em frente.

Estrada N4

Estra­da N4

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Kruger National Park (1/2)

Este fim-de-sem­ana foi dia de viagem até ao Kruger Nation­al Park, o maior par­que nat­ur­al do Mun­do, com 25.000 km2, na África do Sul!

A viagem começou com a saí­da de casa, às 7h30. Já sabíamos mais ou menos a direcção a tomar: sair de Maputo pela Aveni­da Eduar­do Mond­lane, em direcção a Mato­la, a primeira cidade logo após a saí­da de Maputo.

Mercado da Matola

Mer­ca­do da Matola

Em Mato­la, vi um mer­ca­do com imen­sas pes­soas; era uma con­fusão de gente, prin­ci­pal­mente à beira da estra­da, pois era aí que esta­va a maio­r­ia dos vendedores.

Não sabíamos, mas a viagem começou a cor­rer mal logo aí. Tín­hamos que virar à dire­i­ta em direcção a Ressano Gar­cia, que fica na fron­teira com a África do Sul. Ape­sar do Paulo ter um telemóv­el com GPS e estar equipa­do com os mapas de Moçam­bique e África do Sul, não o tin­ha lig­a­do. Em vez dis­so, seguimos em frente.

A estra­da que tín­hamos apan­hado era a N251. Começou bem, mas após alguns quilómet­ros, chamar àqui­lo cam­in­ho de cabras era diz­er mal dos cam­in­hos de cabras em Portugal…

Estrada Nacional 251 de Moçambique

Estra­da Nacional 251 de Moçambique

Pelo cam­in­ho encon­trá­mos pes­soas que seguiam a pé. Não sabe­mos onde iam, mas muitas andavam com bidões de água à cabeça. Provavel­mente tin­ham ido bus­car água.

São incríveis as condições em que vivem. Algu­mas devem faz­er quilómet­ros a pé só para ter água.

A imagem de cima até faz pare­cer que era uma estra­da razoáv­el para Moçam­bique, mas havia partes dela em que até o jipe tin­ha difi­cul­dades em transpor…

Encon­trá­mos algu­mas pes­soas pelo cam­in­ho, inclu­sive um sen­hor com uma meni­na ao colo ao qual o Joaquim ofer­e­ceu duas bolachas. A meni­na agar­rou-se a elas como se não hou­vesse aman­hã. Per­gun­tá­mos-lhe se fal­ta­va muito para chegar à fron­teira. Disse-nos que era logo ali… Mas, para chegar logo ali, ain­da demor­á­mos mais de 1 hora; nes­ta estra­da deve­mos ter feito uma média de 20km/h ou menos. Ain­da con­sid­erá­mos a hipótese de voltar para trás, mas essa opção rev­ela­va-se a pior, pois segun­do o GPS do Paulo, que entre­tan­to tin­ha sido lig­a­do, indi­ca­va que já tín­hamos per­cor­ri­do mais de metade dessa estrada.

Aproveitá­mos para tirar uma foto de grupo.

O resto da malta

O resto da malta

Da esquer­da para a dire­i­ta: Tia­go Pin­to, Alexan­dre Fer­nan­des, Joaquim Mendes, Mário Sam­paio e Paulo Leitão. Last but not least, por trás da câmara, António Trindade.

Final­mente chegá­mos à fron­teira. Tive­mos que tratar de papeis para os car­ros, pois não podi­am entrar sem reg­is­to e para nós. Demor­á­mos cer­ca de uma hora só para a atrav­es­sar. Depois de entrar na África do Sul, foi rápi­do. O Pes­tana Kruger Lodge fica a menos de 50km da fronteira.

Este hotel é engraça­do. É con­sti­tuí­do por várias casas, de vários taman­hos. Nós iríamos ficar numa das mais peque­nas, com ape­nas duas divisões: um quarto/sala de estar e uma casa de banho.

Bungalow do Pestana Kruger Lodge

Bun­ga­low do Pes­tana Kruger Lodge

Chegá­mos ao hotel cer­ca das 12h45 e, como tal não podíamos ain­da faz­er o check-in. Só a par­tir das 14h00. Mas, como é moda, servi­ram-nos logo um sum­in­ho de laran­ja, servi­do em copo de pé, com uma pal­in­ha curta.

Fomos então almoçar a um restau­rante, a cer­ca de 100m da entra­da prin­ci­pal do hotel. O que mais gostei deste almoço foi a sobreme­sa: Choco­late Nemi­sis. Tin­ha natas, choco­late, choco­late e choco­late. Excelente!

Depois do almoço estive­mos na esplana­da do hotel até anoite­cer. Ain­da tive luz sufi­ciente para tirar umas fotos! De qua­tro delas, surgiu esta panorâmi­ca do Croc­o­dile River:

Panorâmica do Crocodile River

Panorâmi­ca do Croc­o­dile River

É sim­ples­mente de tirar a res­pi­ração, esta pais­agem! Infe­liz­mente não dá para passear nas mar­gens deste rio, pois está infes­ta­do de crocodilos…

O jan­tar foi no hotel. Após o jan­tar ain­da tive tem­po de tirar algu­mas fotografias ao céu noc­turno, aprovei­tan­do o fac­to de ser com­ple­ta­mente difer­ente do céu que se vê em Por­tu­gal. Ape­nas con­si­go recon­hecer uma con­ste­lação, o Cruzeiro do Sul…

Céu nocturno africano

Céu noc­turno africano

Depois dis­to ain­da estive um pouco na con­ver­sa com o Alexan­dre. Fomos para a cama cedo, pois no dia seguinte tín­hamos que estar pron­tos às 6 horas da madru­ga­da, ain­da antes do Sol nascer, pois o guia do safari estaria a essa hora a bater-nos à porta. 

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